Outro dia, li um texto muito interessante no Globo, escrito por Maria Cristina Reis, que resolvi compartilhar com vocês.
O título era Meninos, eu comi… E me fez voltar no tempo! Lá, ela relembra todas as aventuras e modas gastronômicas pelas quais passamos durante décadas.
Ela conta que o Hadoque era o prato requintado para se servir no Rio e impressionar as visitas. Era servido ao molho de manteiga e alcaparras, vinha com batatas cozidas salpicadas de salsinha.
Quando você recebia os parentes o cardápio poderia ser o coquetel de camarão, salada de bacalhau com feijão fradinho e rosbife com cenouras carameladas. No Rio, sob forte influência portuguesa, a nouvelle cuisine passou longe. A inovação passava sempre pelo arroz de polvo, e não risoto.
Ela vai contando o que comeu nos últimos quarenta anos, e nos deliciando.
As crianças não eram levadas aos restaurantes, no máximo num fim de semana quando se subia a Serra. Nessa época prevalecia o linguado a Belle Meunière de Itaipava e o Carré de Porco no Alemão em Petrópolis.
Quando se chegava à adolescência, era hora de levar aos moças para ir aos restaurantes para se educarem. Experimentavam escargots no Bec Fin, cavaquinhas no Nino’s, pastéis no Álvaro’s, depois do jogo do Flamengo. E com a vinda dos cozinheiros franceses, os produtores tiveram que aprender a cultivar novidades, como as endívias.
Com a abertura das importações enlouqueceram, vieram os arroz para risoto, massa feita para ser comida al dente, conservas de mini alcachofras, queijos, embutidos.
Nessa época todo mundo que gostava do assunto, se reunia no Clube Gourmet para aulas. Descobriram que cozinha dava status seduzia. Danio Braga nos ensinou o prazer dos vinhos, com seus cursos, na Associação Brasileira de Sommeliers. Ah, e o Claude e o Laurent, que prestigiaram nossos ingredientes, como a jabuticaba, maracujá,quiabos, batata baroa. Foram apresentados ao lagostins, que eram jogados fora, pois não eram camarões,ai, ai… Agradece ao Miros, Brambinis, e Neroni, por isto e pelo alface roxo, tomate seco também.
Depois foi o encatamento com Silva Bianchi, sorvete de alfazema, ravioli mágico feito de maçã com molho de queijo, risotos de cordeiro. Era época em que se ia a Cobal para fazer um jantar em casa. O Danio Braga lança a Confraria do Prato da Boa Lembrança. E o livro Cozinha Confidencial de Anthony Bourdain vira best seller.
Luciana Fróes apresenta, nessa época, os azeites da França, Espanha e Grécia, as ostras cultivadas em cativeiros e os vinhos argentinos e brasileiros.
E hoje, ah, hoje é a bochecha de porco, dá um assunto. Os Food trucks que traz amantes e gente que odeia. Temos também os orgânicos. O Felipe Bronze traz a cozinha espetáculo. E ter a tapioca com rabada de Rafa Costa e Silva do Lasai, é saber das coisas.
Adorei a matéria porque adoramos o assunto, né Celinha!
ADOREI MARIA EUGENIA
SUPER INTERESSANTE
ME LEMBRO DISSO TUDO
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BJS